Acho que árvores foram gente, antes de árvore ser Vejo galhos abraçados em galhos que fingem braços o tronco envolver Vejo costas viradas avessas fingindo cabeças das folhas nascer Cipós como dedos se fazem cabelos na copa mais alta Por trás do vidro, balanço nas horas que o relógio gosta de dar Esqueço pelos ouvidos O fone me mata a fome de música Alto de dentro da nave,barulho acostumador Aqui dentro uma lembrança fresca Me confunde a cabeça Não lembro de dor Juro,nem lembro de onde mas meu novo nome se fez amor.