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Domingo é dia

Domingo também é dia , mas pra mim não parece, não vivo ,vegeto.Até prefiriria a Segunda se não tivesse que pisar no chão gelado , sentir aquele frio matinal, espirrar as tripas e tomar banho quente com sono.É um saco eu sei.Domingo tem cara ressaca , espera pelo próximo sábado , rever a agenda , mapear as obrigações que dão fio de medo intenso ,dessa vez por peso na consciência.É um porre.Eu reclamo demais tem gente levantando às 4:00hr , capinando quintal no sol , indo pra feira vender verduras , enfrentando fila na Fundação Hospitalar , andando quilômetros de ramal , gente esperando um coração.Eu tô é bem eu sei. Eu sou injusta eu preciso tanto do domingo , tanto , tanto , graças a alguém ele existe, obrigada alguém , porque ele serve pra eu sentir , saborear e viver mais o sábado, a lembrança do dia anterior no domingo é mais fresca e viva, ai que gosto .Ele é dia e eu preciso dele sempre.

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eu tenho verdadeira paixão por flores em imagens.

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De manhã eu senti o cheiro da escola Santa Cecília, onde minha mãe dava aulas quando eu e a minha irmã éramos crianças de 5 , 7 anos.Eu ainda não sei porque, mas era uma cheiro de cantina,sopa,bolacha, que ficava empregnado na madeira velha do assoalho, das paredes,das cadeiras de madeira das salas de aula.Os papéis de prova e livros da minha mãe cheiravam a giz e esse cheiro de escola Santa Cecília, que não sei se vinha da cantina, da sopa, do giz do quadro negro,da bolacha,das paredes de madeira úmida,só sei que tinha um cheiro que minha memória relembrou hoje, cheiro de infância, cheiro da coragem que minha mãe tinha em ir pr'alí, pra fazer o que hoje ela tem saudade, ensinar história.

é voltar pra si

Aqui ta cinza, não falo no sentido figurado, a cor é real. E como todo cinza é frio, aqui tá gelado. Enquanto leio sobre Arquitetura grega, aparece uma forte vontade aqui dentro...baseada numa saudade, ela surge depois de uma certeza de que nunca mais faria algo, ela vem sempre depois de um abandono, abandonei essa página de linhas soltas que dizem mais sobre mim do que meus olhos escuros e que se por acaso uni-las, ( elas as linhas ) formaria meu passado, reviveria a dor dos meus calos mais doloridos e sentiria aquelas minhas vontades mais profundas. Conclui que o abandono é uma chave invisível, que você só pode usar para voltar, seja pra qual for a direção - Abandono é voltar pra si - e si nem sempre quer dizer só.