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20º






Um longo abraço de tempo que não vejo e um até logo de boa viagem
E comigo permanece o perfume fingindo presença
Pois prefiro a minha
certeza, confio somente nela
Acredito no que sinto, por perceber o bem pela essência
Minhas intuições herdadas das veias maternais, não as ignoro mais

Nunca mais
Prefiro manjericão à salsa
Magritte à Dali múltiplas vezes

A escrotice de Duchamp

As tulipas
pra não dizer que não falei das flores
O Preto sobre o Branco Malevich-iano

Prefiro o que eu prefiro
Zapata à Morales

Graças a deus
Pancho Vila à Clinton ( convenção talvez)
Tenho ainda à mim, além de todos

Sin perder la ternura jamais
Tenho pra mim os meus estorvos
Estão comigo quem me escolhe

Teem à mim quando sofrem
Estão pra mim quando sofro

Sei quem são
Minhas escolhas são a lá ready made eu elevo ou relevo tudo aquilo que foi mijado
Com causa fundada ou infundada

O tudo ou nada
Se na merda não arrasto comigo nenhum alheio sorriso convalescente

Deixo seguir, não sou empedidora de passos

Não mendigo querer
Prefiro a escrotice de Duchamp
O Preto sobre o Branco Malevich-iano
Prefiro o q
ue eu prefiro
Zap
ata à Morales
Graças a deu
s




Comentários

  1. é impressionante como vc consegue usar as palavras a seu favor, thalyta.
    convence-as. e é engraçado.
    prefere a sua certeza, confia somente nela..
    com causa fundada ou infundada:
    prefere o tudo ou então prefere o nada hein?

    ResponderExcluir
  2. você que escreveu isso ? acho que de tudo que li seu, esse foi o melhor, prima. adorei!

    ResponderExcluir
  3. Graças a Deus!!!

    PS.: blog de minina é foda neh? o quadro, a tela, a figura, tah linda...

    ResponderExcluir
  4. Lindo. Simplesmente. Lita.

    P.S.: e toda vez q venho aqui é um template novo... oh my... :P

    ResponderExcluir

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dá pitaco

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De manhã eu senti o cheiro da escola Santa Cecília, onde minha mãe dava aulas quando eu e a minha irmã éramos crianças de 5 , 7 anos.Eu ainda não sei porque, mas era uma cheiro de cantina,sopa,bolacha, que ficava empregnado na madeira velha do assoalho, das paredes,das cadeiras de madeira das salas de aula.Os papéis de prova e livros da minha mãe cheiravam a giz e esse cheiro de escola Santa Cecília, que não sei se vinha da cantina, da sopa, do giz do quadro negro,da bolacha,das paredes de madeira úmida,só sei que tinha um cheiro que minha memória relembrou hoje, cheiro de infância, cheiro da coragem que minha mãe tinha em ir pr'alí, pra fazer o que hoje ela tem saudade, ensinar história.
Hoje fiquei um bom tempo olhando pra vinha, aquele campo verde, aquela casa cheia de janelas. No entardecer triste, triste como todo entardecer.Enquanto nuvens rosas corriam no céu, me surpreendo com um pensamento, ele dizia baixinho quase ecoando  : " eu não existo aqui, uma parte de mim não existe aqui " o vento em silêncio arrastava nuvens, pássaros sibilavam longe, aquele verde e cor triste da tarde, triste como todo entardecer.